Entrevista para o jornal Zero Hora sobre os 80 anos de Gilberto Gil

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Entrevista concedida ao jornal Zero Hora.

Como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Paulinho da Viola chegam aos 80 anos



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Cássia Lopes, professora e pesquisadora nas áreas de Letras e Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia e autora do livro Gilberto Gil: a Poética e a Política do Corpo, salienta que o cantor pensa e interpreta os tecidos sociais brasileiros não só com suas canções, mas traz, ao longo de sua carreira, uma poética e uma política com o corpo. Ela lembra que, quando foi Ministro da Cultura (2003 a 2008), Gil participou de eventos de cunho político nos quais o seu lado artista também era convocado à cena, produzindo uma politização da arte e uma estetização do político.


Para Cássia, Gil sempre esteve atento a diversos ritmos e saberes presentes na paisagem brasileira, transitando sem estabelecer uma hierarquia entre eles:

— Com Dorival Caymmi, aprendeu a não ter a dor como uma rival, mas a afirmá-la de maneira criativa. Também a ler o mar e a sentir a poesia e as tensões presentes na paisagem baiana e brasileira. Com Luiz Gonzaga, abriu a sanfona mundo afora, numa descoberta do sertão e de suas festas populares. Atravessou o samba, o reggae de Bob Marley, o rap, ouviu a Banda de Pífanos de Caruaru, a canção romântica, o violão de João Gilberto, revelando a riqueza da musicalidade brasileira, sem fechar os olhos para a arte que se faz em nível global. Foi da soul music, em Refavela (1977), em que também se inspirava no Nordeste, à música de discoteca no álbum seguinte, Realce (1979).

Leia a matéria completa abaixo:

Como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Paulinho da Viola chegam aos 80 anos

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